O Ensino Profissional no Estado de São Paulo, teve início na década de 1940. A indústria apresentava um bom crescimento e por essa razão havia necessidade de mão de obra qualificada. Foi neste período que surgiram nas grandes cidades do Estado de São Paulo as primeiras Escolas Industriais, como: São Paulo, Campinas, Santos, Ribeirão Preto, Sorocaba, Piracicaba, Araraquara, Jau, etc.
Os alunos dessas Escolas tinham período integral de estudos, sendo que num período estudava-se o núcleo comum do Currículo escolar e no outro a parte profissionalizante. O ensino era de um currículo que atendia as necessidades da mão de obra procurada pela indústria, que assim sendo todos os alunos ao concluirem o curso tinham emprego garantido na indústria.
A escola de Marília teve seu início com a Lei nº 77 de 23 de fevereiro de 1948
Dispõe sobre a criação dos cursos práticos do Ensino Profissional no Estado de São Paulo.
ADHEMAR DE BARROS Governador do Estado de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei.
Faço saber que a Assembléia Legislativa Decreta e eu Promulgo a seguinte Lei.
Artigo 1º Ficam criados nos moldes estabelecidos pelo Decreto Lei de nº 16.108 de 14 de setembro de 1946. Cursos Práticos de Ensino Profissional em Marília.
Com o Decreto de criação a Superintendência do Ensino Técnico tomou as providências de instalação da Escola, enviou representante que entrou em contato com o prefeito municipal da época Adorcino de Oliveira Lyrio que através da Lei nº383 de 12 de janeiro de 1953, fez a doação do imóvel da rua Catanduva nº 611, para a Fazenda do Estado com a finalidade de instalação de Escola. O prédio que estava fechadoteve que passar por reforma, como também ser mobiliado, e providenciado a vinda do maquinário, que foi transferido da Escola de Piracicaba. Tomada estas providências teve início as aulas da primeira turma no ano de 1952 sendo nomeado seu primeiro Diretor o Professor Antonio Godoy Domingues que ficou na direção até o ano de 1954, em seguida de 1958 à 1972 o Professor Fuad Karut, de 1972 à 1976 Napoleão Salgado Pereira, de 1976 à 1979 Myrthes Pupo de Negreiros, de 1980 a 1982 Lourdes Gomes Macario, de 1982 a 1986 Nene Coracini Santos, de 1986 a 1990 Dalva Speranza Domingues, de 1990 a 2004 Florindo Mazetto e desde 15/07/2004 João Antonio de Oliveira Barbosa.
A primeira turma que iniciou em 1952 concluiu em 1956, ano em que foi publicado em 15/03/1956 o seu funcionamento para no mesmo ano no dia do aniversário da cidade, 04/04/1956 sua Inauguração. As Escolas que eram autorizadas a funcionarem os Crusos Práticos profissionalizantes recebiam seu primeiro nome de Escola Artezanal. Assim sendo a Escola ficou com esse nome até o dia 18/02/1965 quando foi alterada a denominação pelo Decreto nº 44533/65 para Ginásio Industrial Estadual de Marília, foi neste período que a Escola experimentou um grande aumento na procura de vagas, e o prédio da rua Catanduva ja não suportava mais, ocasião em que o diretor Professor Fuad karut, conseguiu com o Prefeito Municipal Dr. Armando Biava o uso do prédio da Av. Sampaio Vidal nº 245, local onde hoje funciona a biblioteca Municipal.
A mudança da Escola não foi total, isso ocorreu no ano de 1963, sendo instalado no prédio da Avenida Sampaio Vidal, o Núcleo Comum, ficando a parte profissionalizante, pois teve: cursos de Torneiro Mecânico, Ajustador Mecânico, Marcenaria, Corte e Costura, Econoima Doméstica, Desenho Técnico, Bordado Tricô, Crochê, Pintura em Tecido, Pintura em Porcelana, Pintura em Tela Cerâmica, Bolos, Doces e Salgados.
Foi no auge deste crescimento que a Escola recebeu o nome de seu patrono pelo Decreto de 11/02/1970 denominando Ginásio Industrial Estadual Antonio Devisate de Marília.
Com o evento da Lei de Diretrizes e Bases 5692/71 de 11 de agosto de 1971. Estava praticamente decretado o fim do Ensino Técnico, pois a Lei tratava do Ensino de 1º e 2º graus, e não havia espaço para o nosso ensino, desta forma os alunos foram transferidos para o Instituto Monsenhor Bicudo, juntamente com os professores do núcleo comum, e as séries foram se extinguindo uma em cada ano a partir do ano de 1975, sendo que em 1978 não tinhamos mais nenhum aluno.
A Escola só não fechou por que o Governador fez um Decreto de criação de cursos Pré Profissionalizantes, cujo objetivo era tirar o menor carente da rua e lhe ensinar uma profissão, foi então que com o empenho, dedicação e muito trabalho dos professores, que a Escola sobreviveu, e como não era mais Ginásio foi novamente transformada pela Resolução publicada em 23/01/76 para Centro Interescolar Anttonio Devisate em Marília. Mas esta situação durou apenas 4 anos pois a Escola voltou a ter novamente seus cursos de 2º grau e novamente foi transformada pela Res. nº 59 de 22 publicada em 23/04/81, transformando o Centro Interescolar Antonio Devisate em Marília.
Pelo relato acima nota-se que a rede do Ensino Técnico necessitava de um órgão identificado com este tipo de Ensino para a sua efetiva administração, foi então que o governador Luiz Antonio Fleury Filho, teve essa visão e finalmente em 27/10/1993 através do Decreto nº 37.795/93. Transferiu todas as Escolas Técnicas Estaduais para o CEETEPS, Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.
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Diretores (desde 1952):
Data inicial | Data final | Diretor(a) |
01/02/2018 | Atual | Benedito Goffredo |
15/07/2011 | 31/01/2018 | Claudia Mara Piloto da Silva Parolisi |
03/01/2011 | 14/07/2011 | Thais Yuri Matsumoto |
15/07/2004 | 31/12/2010 | João Antonio de Oliveira Barbosa |
03/07/1990 | 14/07/2004 | Florindo Mazetto |
21/03/1987 | 02/07/1990 | Dalva Speransa Domingues |
29/01/1982 | 29/07/1986 | Nene Corarici Santos |
07/08/1980 | 28/01/1982 | Nelson Saggioro |
20/02/1980 | 06/08/1980 | Lourdes Gomes Macário |
15/11/1979 | 19/02/1980 | Jácomo de Rossi Neto |
25/08/1976 | 15/11/1979 | Myrthes Pupo de Negreiros |
11/07/1972 | 24/08/1976 | Napoleão Salgado Pereira |
01/06/1972 | 10/09/1972 | Jácomo de Rossi Neto |
03/1958 | 30/06/1972 | Fuad Karut |
1952 | 1954 | Antonio Godoy Domingues |